22 abril 2009

Dia da TERRA


Hoje é celebrado mundialmente o dia da TERRA.

Dia este, que pode e deve servir para refletirmos sobre nossas atitudes e ações que afetam direta ou indiretamente o planeta, ou como preferir, a nossa casa.

De acordo com cientista James Lovelock, autor da teoria Gaia, o planeta é um organismo vivo, em constante transformação, que se autoregula e interage com todos os seres, na busca por seu equilíbrio...

Portanto, temos que ter consciência que certas ações podem interferir sim no equilíbrio do planeta... tanto de forma local como global...como:
a quantidade de lixo produzido e reciclado em nossa residência; uso racional de luz e água; possibilidade de utilização de fontes alternativas e renováveis dos recursos naturais, como a reutilização da água da chuva e energia solar; procura por meios de transporte menos poluentes, como o transporte público e ou a bicicleta; alimentação a partir de produtos orgânicos e posterior criação de composteira para reutilização de suas sobras; além de muitas outras ações que podemos contribuir para melhoria da qualidade de nossas vidas e do planeta...

A solidaridade, humanismo, generosidade e consciência sociomabiental também são valores e comportamentos que certamente colaboram para o equilíbrio da sociedade na TERRA.

Você colabora fazendo algumas destas ações? Não deixe para depois... quando se pode mudar agora!
Conforme o escritor Leonardo Boff descreve, a sociedade do Planeta precisa "Saber Cuidar" da Terra...

Sua saúde e o planeta TERRA agradecem!
Foto: imagens-terra.com

13 abril 2009

Novo Código "Ambiental" de SC


Mais um episódio de desrespeito socioambiental em Santa Catarina.

Enquanto era aprovado recentemente o desmembramento da maior Unidade de Conservação do estado (Parque Estadual da Serra do Tabuleiro) que possibilita a ocupação dentro de sua área; o governador Luiz Henqrique "Motoserra" da Silveira sancionou hoje o Novo Código "Ambiental" de SC'', aprovado pela Assembléia no dia 31/03, o Projeto de Lei 0238.0/2008.

O código tem dispositivos que transpõem as leis ambientais de cunho federal. Ou seja, uma "lei" que já de início é inconstitucional, imoral, parcial e completamente insustentável. Mesmo com uma grande mobilização da sociedade civil, MP e ONGs contra o Novo Código, não foi possível conter a ganância e ignorância dos atuais gestores do estado.

A lei vigente em todo o país é o Código Florestal de 1965, que estipula e define as APP, como também resolução CONAMA 302 e 303/02. Contudo, a partir de hoje, menos o estado de Santa Catarina...
Como exemplo de alteração do Código "Agrário" (dito por alguns críticos, pois essa seria a palavra que mais remeteria aos intuitos deste) a diminuição de 30m para 5m da mata ciliar, como área de preservação permanente das margens de rios e nascentes. Esta faixa ajuda a preservar a qualidade hídrica dos corpos d´água, a erosão dos solos, a proteção da biodiversidade, entre outras finalidades.

O código foi criado por iniciativa da FATMA, que o elaborou com boa qualidade técnica-científica. No entanto, foi modificado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável pressionada pela bancada ruralista da Assembléia de SC. Com a prerrogativa de salvarem os "pequenos produtores", pois eles necessitariam de mais área cultivável para poderem se desenvolver e não provocarem um êxodo rural.

Falsa ilusão, pois na verdade os pequenos produtores não necessitam de mais área, e sim de apoio à novas tecnologias sustentáveis (que já são praticadas em algumas propriedades) e políticas públicas que os ajudem a produzirem com maior qualidade e volume, de maneira que colaborem para a sustentabilidade da agricultura.

Notoriamente, este Código vem ao encontro aos interesses dos grande latifundiários, monocultores e principalmente a indústria de celulose e moveleira do estado, pois estes necessitam de grande áreas para extração de árvores da mata nativa e posteriormente reflorestam com espécies exóticas, causando diversos prejuízos àos ecossitemas locais.
Porém, o mais incrível é que o estado passou há exatos 5 meses por uma de suas piores catástrofes naturais (comentado na postagem "Caos em SC, em outra perspectiva..."), que acarretou em diversas mortes e prejuízos econômicos. A princípio, deputados e governador não conseguiram fazer nenhuma correlação entre a catástrofe ocorrida e situação ambiental das cidades, como o caso das margens dos rios (urbanizadas, canalizadas e degradadas) e enconstas dos morros (desmatadas e habitadas irregularmente). Isto só demosntra a incapacidade do governo em promover uma gestão integrada e sustentável.

Fica constatado mais uma conivéncia do poder público com as antigas, atuais e futuras degradações ambientais em SC; o favorecimento aos grandes produtores; a descrença da população com a política; o imediatismo do desenvolvimento econômico e o enorme desrespeito ao meio ambiente e à toda sociedade catarinense e brasileira.
Uma lástima...
Fotos: apremavia.org.br
amaivos.uol.com.br